quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Falta de pontaria

Nunca vos aconteceu levarem "por tabela" de peões enfurecidos quando param numa passadeira por os carros à vossa frente não terem parado?
É vê-los a gesticular furiosamente e a reclamarem aos gritos que não há respeito e que as passadeiras são para parar e que são todos uma cambada de selvagens dirigindo-se a nós, que fomos os únicos que respeitámos as regras estradais e parámos na passadeira.
Eu pergunto-me: o que é que essa gente pensa? Que os automobilistas fazem parte de alguma associação de condutores de veículos onde todos se conhecem e que as suas pragas hão-de chegar àqueles que não pararam porque a condutora que parou vai a correr transmitir os insultos aos outros condutores? Ou acham que os condutores são todos "farinha do mesmo saco" como se fizessemos parte da mesma família e que temos de levar com o "karma" dos nossos "familiares"?

A sério que ainda não percebi a lógica, mas é mesmo muito irritante!

Isto de direccionarmos as nossas frustrações para as pessoas erradas faz-me lembrar, aqui há uns anos, da história de um senhor que resolveu, em sinal de protesto, pagar uma dívida que tinha o Estado entregando nas Finanças um saco cheio de moedas de um cêntimo. E lá estava o Senhor em todos os telejornais a exibir o saco cheio de moedas como se fosse uma grande façanha.
Ó meu amigo, para o Estado dinheiro é dinheiro, seja em moedas ou em notas! Sabe quem é que prejudicou com essa ideia brilhante? O coitado do funcionário das Finanças que ficou um dia inteiro a contar moedas de um cêntimo...
Livrou-se da dívida? Não, pois não?

Caros concidadãos, antes de reclamarem ou protestarem vejam  primeiro quem vão atingir...

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